Alguns lugares do mundo estão vivendo o pesadelo que há tanto já se temia: a falta de água!
Aqui no Brasil não está nada diferente. Estados economicamente estabilizados, como o caso de São Paulo, já tem sentido os efeitos da escassez da água e os perigos que isso representa. Por isso, já passou da hora de entendermos melhor como usar a água. Afinal, ela não vai durar para sempre. Por isso, reunimos algumas curiosidades sobre este recurso natural:
1. Filtro de barro é bem eficiente para purificar água
De acordo com pesquisas reunidas no livro “The Drinking Water Book” (“O Livro da Água Potável”, em livre tradução), de Colin Ingram, apontam que o filtro de barro – aquele que sua avó provavelmente usa ou já usou – é o mais eficiente do mundo.
Ele é bom na retenção de cloro, pesticidas, ferro e alumínio, além de também não deixar passar 95% de chumbo e 99% de Criptosporidiose, parasita que causa diarreias e dor de barriga.
O trunfo do filtro de barro é o sistema de filtragem por gravidade: a água passa devagar pela vela e pinga em um reservatório.
Isso garante que os micro-organismos e os sedimentos filtrados não se misturem com a água limpa. Mas lembre-se: nenhum filtro vai limpar a água completamente se ela estiver contaminada.
2. Água mineral que vem em embalagem de vidro é melhor
As garrafas plásticas contêm uma substância chamada xenoestrógeno. Essa substância, presente nos derivados de petróleo, tem o mesmo formato do estrógeno e, por isso, se encaixa nos receptores desse hormônio em nosso corpo. O excesso do xenoestrógeno pode engordar e até causar celulite.
Já as garrafas de vidro não apresentam esse mesmo problema e conservam a água pura.
3. Água pode ser remédio
É muito raro conferirmos o rótulo da garrafinha de água mineral antes de pegar qualquer uma no supermercado.
Mas cada água é diferente e tem propriedades diferentes, de acordo com os minerais presentes em sua nascente. De acordo com a Abinam, os sais minerais presentes nas águas minerais podem contribuir com a saúde do organismo.
Água com flúor é boa para a prevenção de cáries; com sódio, beneficia músculos e nervos.
O magnésio previne hipertensão, enquanto o cromo regula as taxas de açúcar no sangue.
Cobre absorve o ferro na forma de hemoglobina, o manganês auxilia o sistema reprodutivo.
O zinco, o imunológico, e o cálcio previne a osteoporose. Já os bicarbonatos e o sulfato fazem bem para o estômago e para a digestão.
4. E também pode ser veneno
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 80% dos casos de doenças em todo o mundo vêm do consumo de água contaminada.
A água pode trazer mais de 25 tipos diferentes de doenças, como cólera, diarreias agudas e esquistossomose.
Entre as crianças, a água mata mais do que qualquer forma de violência, inclusive as guerras.
Daí a importância do acesso a uma água de boa qualidade, livre de contaminações.
5. Água pode te deixar velho mais rápido
Tomar água com pH (potencial de hidrogênio) menor que 7,4 pode acelerar o processo de envelhecimento.
De acordo com especialistas que defendem esta teoria, o pH do nosso sangue é aproximadamente 7,4. Quando você consome alguma coisa de pH diferente disso, o corpo tem que trabalhar para equilibrar esse líquido.
A conclusão é que, tomando uma água de pH menor que o do sangue, você acelera seu processo de envelhecimento. Para quem já esqueceu a aula de química, vale lembrar: pH igual a 7 é neutro.
Abaixo disso (1, 2, 3, 5, etc.) é considerado ácido. Já pH acima de 7 (7,5, 8, 9, etc.) é básico ou alcalino.
No Brasil, somente algumas águas engarrafadas têm pH superior a 7,5, e a água da torneira gira em torno desse número.
6. A água que você toma é a mesma que os dinossauros bebiam
A quantidade de água no mundo permanece praticamente a mesma há muitos milhares de anos. O motivo para isso é aquela velha história do ciclo da água: a água evapora de lagos, rios, mares e também na transpiração de seres vivos.
Esse vapor forma as nuvens que, quando ficam sobrecarregadas, descarregam em forma de chuvas.
A água, então, volta para a superfície terrestre e vai abastecer novamente mares, rios, lagos e também lençóis subterrâneos.
Em Minas Gerais, há aquíferos (bolsões de água subterrâneos) que já existiam nos tempos dos dinossauros.