Água natural e água mineral natural: existe diferença?

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No Brasil, a maior parte da água comercializada em garrafas ou galões é considerada água mineral, numa classificação própria estabelecida pela nossa legislação, embora seja diferente de outros países, principalmente europeus.

Segundo a classificação determinada pelo Ministério da Saúde, a água mineral natural é a água captada diretamente das fontes naturais, que podem ser de origem espontânea ou de nascentes, ou mesmo obtidas através de bombas, em poços, quando de origem subterrânea.

Para ser considerada como água mineral é necessário que ela contenha um determinado conteúdo e uma proporção de sais minerais, além de oligoelementos e outras substâncias que a definam como uma água pura, sem a presença de microrganismos.

Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde também classifica a água natural, considerando-a como aquela obtida de fontes naturais, ou captadas de forma artificial, de origem subterrânea ou não, que não atendam às características de composição química ou a qualquer outra classificação de água mineral natural, mas que atendem às condições de potabilidade estabelecidas.

Além desses critérios, o Ministério da Saúde também estabelece determinados padrões, tanto para a água mineral natural quanto para a água natural, depois de acondicionadas em galões ou garrafas, devendo atender a limites de contaminantes inorgânicos, como metais pesados, por exemplo, e de agentes microbiológicos, entre eles os coliformes totais e fecais e as pseudômonas.

Para ser comercializada, a água mineral deve manter os critérios de higiene estabelecidos e apresentar no rótulo a sua classificação e os minerais contidos em sua composição.

Os padrões devem constar da embalagem para que o consumidor saiba exatamente o que está comprando e consumindo e, no caso de alguma dúvida, o fornecedor é obrigado a mantê-lo informado ou, caso contrário, ele deve procurar os órgãos responsáveis pela defesa do consumidor.

Classificação da água mineral

A classificação da água mineral depende da fonte de onde ela foi extraída e, portanto, é praticamente impossível encontrar dois tipos de água com a mesma composição.

De uma forma geral, no entanto, é possível encontrar água mineral na classificação que incluímos a seguir, algumas com poderes medicamentosos, como as oligominerais, outras para atender diversas necessidades de suplementação de minerais, e assim por diante.

De acordo com o código de águas minerais estabelecido pelo Ministério da Saúde, a água mineral pode ser classificada segundo sua composição química, atendendo a seguinte codificação:

  • Alcalino-bicarbonatadas, que devem conter em cada litro uma quantidade de compostos alcalinos equivalente a, no mínimo, 0,200 g de bicarbonato de sódio;
  • Alcalino-terrosas, que precisam tem em sua composição uma quantidade de alcalino-terrosos equivalente ao mínimo de 0,120 de carbonato de cálcio por litro, sendo subdivididas em alcalino-terrosas, cálcicas e magnesianas;
  • Carbogasosa, que precisam ter por litro um mínimo de 200 mg de gás carbônico livre dissolvido, à temperatura de 20°C e à pressão de 760 mm/Hg;
  • Cloretadas, que precisam ter pelo menos 0,500 g de cloreto de sódio por litro;
  • Ferruginosas, que devem ter no mínimo 0,500 g de ferro por litro;
  • Nitratadas, que devem conter um mínimo de 0,100 g de nitrato de origem mineral por litro;
  • Oligominerais, quando, mesmo não tendo os limites estabelecidos comprovadamente possuem ação medicamentosa;
  • Radíferas, quando contém substâncias radioativas dissolvidas que determina radioatividade permanente;
  • Radioativas, que podem ter radônio dissolvido, detectado na fonte, obedecendo os limites de unidades Mache por litro, a 20°C e 760 mm/Hg de pressão sendo classificadas como fracamente radioativas (entre 5 e 10 Maches por litro), radioativas (entre 10 e 50 Maches por litro) e fortemente radioativas (com teor de radônio superior a 50 Maches por litro);
  • Sulfatadas, que precisam ter, por litro, um mínimo de 0,100 de sulfato, combinando a sódio, potássio ou magnésio;
  • Sulfurosas, quando apresentam pelo menos 0,001g de enxofre por litro;
  • Torioativas, quando apresentam teor de torônio em dissolução equivalente em unidades eletrostáticas a 2 unidades Mache por litro, no mínimo.

Cada tipo de água mineral atende a uma necessidade de consumo do ser humano. Em breve falaremos sobre as qualidades de cada tipo de água mineral.

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