Água mineral: a importância de olhar o rótulo

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Quando compramos água mineral não estamos comprando apenas água comum. Existem diversos componentes no galão ou na garrafa, como cálcio, carbonatos, sulfatos, sódio e magnésio, além de outros sais minerais.

A composição da água depende da fonte da qual é retirada e, assim, podemos até mesmo encontrar características diferentes em uma mesma marca, se a água mineral estiver sendo retirada de uma fonte diferente.

O que muda o sabor da água mineral são exatamente esses minerais. Podemos, portanto, encontrar águas mais duras, com sabor menos agradável, quando contém grande quantidade de cálcio.

Quando compramos água mineral, dessa forma, o que devemos observar são a composição do produto, que pode ser vista através do rótulo, e os principais itens a serem observados são o sódio e o pH, e determinam se a água é mais ácida ou mais alcalina.

Uma dúvida que sempre persiste é se tomar água com sais minerais é melhor para a saúde, e essa questão é bastante controversa. A quantidade de sais minerais presentes na água mineral é baixa, não devendo ser levada em conta no seu valor nutricional. Sabemos que uma alimentação rica em vegetais e frutas nos fornece todos os minerais necessários para garantir nossa saúde.

Só que a água mineral, desde que de fonte de confiança, ajuda a manter nossa saúde, complementando os sais minerais que adquirimos na alimentação.

Sódio na água mineral

O sódio, por exemplo, é de grande importância na água mineral. A água que compramos possui quantidades variáveis de sódio que, embora não sendo muito alta, somada ao sódio que ingerimos com nossa alimentação, vai gerar maior ou menor impacto no final do dia.

A recomendação é procurar água com baixo teor de sódio, ou seja, que tenha menos de 30 mg por litro, já que costumamos consumir muito sódio junto com os alimentos.

É importante dar atenção a esse item principalmente por aquelas pessoas que são hipertensas, que tenham problemas renais ou que sejam portadores de doenças cardiovasculares. Além disso, é importante também dar atenção à alimentação, evitando alimentos processados e embutidos, que possuem maior quantidade de sódio.

De acordo com a Anvisa, quando a água mineral tiver mais de 200 mg por litro de sódio, esse aviso deve constar na garrafa, já que, até essa quantidade, o sódio é considerado normal. Mas, embora seja considerado normal, quando a água tivera acima de 100 mg por litro, já oferece algum risco, pois esse sódio vai se juntar àquele que consumimos junto com os alimentos.

O pH na água mineral

O segundo item a que devemos prestar atenção no rótulo da água mineral é o Ph. O Ph mostra a acidez da água. Para termos uma ideia, um refrigerante comum apresenta Ph próximo de 2,5, ou seja, é bastante ácido, enquanto que o leite pode ter entre 6,5 e 6,8 – números considerados mais alcalinos, embora não estejam dentro do ideal.

A medição do Ph varia de 0 a 14, sendo o 7 considerado neutro, um índice que seria ideal para a água mineral. Um Ph mais baixo é mais ácido, podendo levar a mucosa gástrica a ficar irritada, provocando sintomas de azia e dor de estômago.

Algumas pessoas pensam, por exemplo, que águas alcalinas são mais interessantes, funcionando em nosso organismo como antioxidantes, mas não existe qualquer comprovação científica sobre essa crença.

O que acontece em nosso organismo é a regulação normal do Ph no sangue e não é a água que vai mudar de forma substancial esse Ph. A água que bebemos não apresenta maior influência sobre a acidez ou a alcalinidade do sangue.

A água mineral não possui qualquer tratamento

Muitas pessoas ainda não consomem água mineral, usando apenas a água da torneira. Essa água que recebemos é tratada com cloro, um elemento que é ácido. Para tornarmos essa água menos ácida, podemos usar os filtros, que reduzem a quantidade de cloro e, consequentemente, o índice de Ph.

Os filtros de carvão ativado e os de barro ajudam a manter o nível de Ph na água da torneira, mas não ajudam com outros elementos, como os sais minerais.

Com relação à água mineral, é um tipo de água que não sofre nenhum tratamento, vindo diretamente da fonte da forma como saiu. O único elemento que pode ser acrescentado é o gás carbônico, quando a água é gaseificada.

O gás carbônico torna a água mais ácida, deixando-a também mais protegida contra a proliferação de bactérias, mas, para pessoas que tenham problemas gastrointestinais, ela oferece o mesmo efeito da água de torneira, mais ácida, podendo irritar a mucosa do estômago.

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