Cardápio diversificado
Por definição as águas minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas diferentes das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa.
Como são classificadas de acordo com a composição química, origem da fonte, temperatura e gases presentes, o que dá a cada tipo propriedades específicas, o consumidor tem à sua disposição um amplo cardápio de opções.
O problema é que muitos consumidores ainda não desenvolveram o hábito de consultar o rótulo para saber qual tipo de água estão comprando e sua composição, cuja especificação é obrigatória nas embalagens e, assim, tornar a escolha consciente para beneficiar-se dos seus poderes medicinais, de acordo com a sua necessidade e preferência.
Além de ser, de modo geral, um poderoso suplemento nutricional, há água mineral com as mais diversas propriedades terapêuticas. As fluoretadas, por exemplo, são indicadas para a saúde dos dentes e ossos. O seu consumo é recomendado pela Organização Mundial da Saúde para prevenir doenças da boca. As brometadas são sedativas e tranquilizantes, ajudam a combater a insônia e o nervosismo. A sulfatada atua como antinflamatório e antitóxico.
A importância da água no organismo humano
Entre 50 e 70% do corpo humano é composto de água. Por isso a água é essencial à vida e ao bom funcionamento de todo o organismo.
A água é imprescindível para manter diversas funções vitais e órgãos do nosso corpo:
- Os rins chegam a ter 83% de água, enquanto o coração, os pulmões e o sangue ficam com algo em torno de 80%;
- É importante para a digestão e transporte dos nutrientes para as células;
- Atua como lubrificante nos olhos e entre os ossos;
- Tem fundamental participação na atividade cerebral e no funcionamento do sistema nervoso;
- Equilibra a temperatura do corpo.
No entanto, estamos permanentemente eliminando água do organismo. Somente com a respiração são 0,3 litros por dia. Quando a temperatura ambiente é alta ou quando fazemos exercícios físicos, a perda é de 0,8 litros por hora. Mais 1,5 litro se perde com a urina, a evacuação e a salivação. Pode parecer pouco, mas começa a ser perigoso quando esse volume se aproxima de 1% do peso corporal, quando é ativado o processo de desidratação, já que as funções vitais de muitos dos nossos órgãos dependem da quantidade equilibrada de água.
Repor líquido constantemente é uma necessidade tão importante quanto respirar. E a quantidade recomendada para todas as pessoas gira em torno de 2 litros de água diários.
A não reposição adequada de água resulta em moderada ou aguda desidratação. Nesses casos surgem alguns sintomas como dor de cabeça, dificuldade de concentração, dor nas costas, hipertensão entre outros. Uma pessoa pode passar até dois meses sem ingerir alimento sólido, mas não passaria mais de 48 horas sem consumir líquido sob pena de sérios riscos à saúde e à vida.
Água na natureza
Embora possa parecer que a Terra seja um grande reservatório de água, a maior parte dela não está disponível para consumo humano: os oceanos constituem cerca de 97,5% da água do globo terrestre; 1,9% estão localizadas nas calotas polares e geleiras; 0,6% é encontrada na forma de água subterrânea, em lagos, rios e também na atmosfera, como vapor d’água, e apenas 0,6% da água do planeta pode ser usada para consumo humano.
Como levar esse 0,6% de água até a população?
No Brasil, o Ministério da Saúde estabelece os procedimentos e responsabilidades que asseguram o controle da qualidade e distribuição da água para consumo humano. No entanto, milhares de cidadãos ainda não têm acesso à água de qualidade, uma vez que, aproximadamente, 45% dos municípios brasileiros não possuem saneamento básico.
A falta de infraestrutura no tratamento e distribuição da água é responsável por 65% das internações hospitalares no Brasil devido às doenças transmitidas pela água. A cada ano, mais de 5 milhões de pessoas morrem no mundo por ingerirem água de má qualidade ou contaminada.