Quando qualquer consumidor compra numa distribuidora um galão de água mineral ou uma garrafa de água mineral no mercado, certamente está buscando um produto de maior qualidade.
No Brasil, muitos tipos de água são genericamente denominados água mineral, enquanto em outros países a classificação é diferente.
Segundo o Ministério da Saúde, “água mineral natural é a água obtida diretamente de fontes naturais (de origem espontânea ou nascentes), ou captada através de bombas (poços), de origem subterrânea, caracterizada pelo conteúdo e proporção relativa de sais minerais e pela presença de oligoelementos e outros constituintes, e que sejam bacteriologicamente puras”.
A definição de água natural é descrita como aquela obtida diretamente de fontes naturais ou artificialmente captada, de origem subterrânea, que não atende às características de composição química e à classificação das águas minerais, atendendo, no entanto, às condições de potabilidade estabelecidas.
A legislação também estabelece os padrões que a água mineral natural e a água natural devem ter depois de acondicionadas em galões ou garradas, com limites de contaminantes inorgânicos, como metais pesados, por exemplo, e microbiológicos, como coliformes totais e fecais, pseudômonas e outros microrganismos, além dos critérios de higiene, que devem obrigatoriamente ser tomados, com as informações no rótulo sobre a concentração de flúor, por exemplo.
Esses padrões devem constar na embalagem e, em caso de dúvida, o consumidor deve se informar junto ao fornecedor ou nos órgãos competentes.
As diferenças entre a água mineral e as outras classificações
A água filtrada, ou purificada, é aquela que recebemos da rede pública e que levamos para algum dispositivo filtrante para melhorar sua qualidade. De uma forma geral, é água proveniente de rios, lagos ou represas, normalmente poluídos, que passou por tratamento com produtos químicos para se tornar potável e não oferecer riscos à saúde. No entanto, o encanamento enferrujado ou depósitos de água sem higiene podem comprometer sua qualidade antes de chegar à torneira.
No entanto, nem a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e nem o InMetro consideram o termo “purificador”. O filtro, de acordo com as entidades, é apenas um dispositivo para melhorar a qualidade da água já tratada.
As empresas de saneamento fornecem a água na rede pública isenta de bactérias patogênica e de microrganismos e, dessa forma, o filtro não acrescenta qualquer benefício com relação à pureza da água.
Por seu lado, a água mineral natural, que é aquela produzida e enriquecida de sais minerais pela própria natureza, é captada no subsolo através de fontes hidrominerais, em regiões protegidas da poluição ambiental, mantendo a qualidade e a composição de sais minerais, podendo apenas ser explorada de fontes legalmente autorizadas.
A água mineral é a água da chuva que penetra no subsolo e ali permanece por dezenas de anos, percorrendo uma grande variedade de rochas, das quais, aos poucos, vai absorvendo sais minerais e outros elementos importantes para a saúde humana.
Da mesma forma como sai das fontes, a água mineral é envasada, não podendo passar por nenhum tipo de tratamento. O envasamento deve ocorrer na própria fonte e chegar ao consumidor da mesma forma como foi captada, evidentemente depois de passar por uma análise química para verificar sua composição.
Assim, a água só pode ser classificada como mineral e natural se tiver um conteúdo permanente de sais minerais, na quantidade mínima estabelecida pela legislação. A classificação é de responsabilidade do Departamento Nacional de Produção Mineral, através da análise da água.
Dessa forma, a água mineral natural é melhor para o consumo humano, já que os sais minerais e outros elementos oferecem grande contribuição à saúde do organismo. Para o consumidor que está procurando seu galão na distribuidora ou sua garrafinha de água no supermercado, portanto, é importante habituar-se a ler todas as informações no rótulo, escolhendo o melhor tipo de água para sua saúde.