O consumo de água mineral vem sendo incentivado nos últimos anos, mas o consumidor precisa entender que nem toda a água consumida pode fazer bem para a saúde.
Tudo vai depender dos componentes que fazem parte do produto, ou seja, a composição química é que pode indicar se a água mineral consumida apresenta benefícios para a saúde ou se pode provocar danos.
A recomendação é que o consumidor tenha o hábito de ler os rótulos antes de comprar a água que costuma consumir, identificando os componentes que fazem parte do produto e optando pela mais indicada para suas próprias condições de saúde.
O contato da água com os sedimentos, as rochas, as algas e outros elementos naturais pode fazer com que ela tenha propriedades medicamentosas. Assim, por exemplo, uma água com maior teor de ferro é indicada para pessoas que têm anemia e o simples fato de consumir água mineral contribui para melhorar o seu quadro.
Outro exemplo são as águas radioativas, que ajudam a eliminar cálculos renais, ou as magnesianas, que mantêm o intestino regulado, e a vanádica, que oferece propriedades antioxidantes, ajudando na síntese do colesterol e na condução do açúcar para os portadores de diabetes, entre outros tipos.
Essa variedade de componentes químicos e minerais são informadas no rótulo0 da água mineral. Muitos consumidores não se atentam para esse fato e pensam estar consumindo um produto que, na verdade, não está fazendo bem à saúde.
Consumo de água mineral no Brasil
A água mineral vem tendo seu consumo progressivamente aumentado no Brasil. Segundo informações do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, o consumo mantém um aumento de cerca de 20% ao ano.
Nesses tempos de crise hídrica, principalmente, a procura vem crescendo, sendo o estado de São Paulo o maior consumidor nacional, além de ser também um dos maiores produtores do mercado brasileiro.
O impacto na saúde, além das propriedades químicas e minerais de cada água, acontece também pela quantidade de sódio presente nas diferentes marcas de água mineral comercializadas, podendo variar de 3,08 mg a 103,6 mg desse mineral por cada litro.
O consumidor deve estar ciente de que a proporção de elementos na água mineral depende da fonte de onde ela é extraída. Quando a água se infiltra no solo, passa pelas rochas e é carregada com os sais minerais presentes no meio ambiente e, dependendo do local, poderá ter maior ou menor quantidade das substâncias.
Esse é o maior cuidado que o consumidor deve ter na hora de escolher a água mineral mais adequada. O consumidor precisa conhecer suas condições de saúde e, a depender de como ela se apresenta, escolher a água que possa oferecer benefícios.
Assim, por exemplo, se há necessidade de reposição de cálcio, é preciso buscar uma água que tenha teor mais elevado de cálcio. Se o problema é com os intestinos, é necessário buscar uma água com maior teor de magnésio.
O sódio é um dos elementos que precisa ser bem observado, já que uma água mineral com maior quantidade desse mineral pode provocar problemas renais e cardiovasculares.
Atenção ao PH da água mineral
Além dos minerais e componentes da água mineral, é preciso ainda prestar atenção ao PH, ou potencial de hidrogênio, que indica o nível de acidez do produto numa escala de zero a 14.
Quando a água é neutra, o PH deve estar em 7; se a água é ácida, o PH é inferior a esse número e, quando é alcalina, o PH está acima desse valor.
A água mineral mais recomendada é a alcalina, já que ela neutraliza os ácidos estomacais e as gorduras consumidas. Assim, quem tem problemas de gastrite ou de úlcera estomacal, pode se beneficiar com a água alcalina.
O consumidor também deve prestar atenção às outras informações no rótulo, como o nome da fonte, a sua localização, a identificação da concessionária e a classificação da água mineral, além do prazo de validade.