Tudo sobre os reservatórios de água

Foto sobre reservatórios de água

Inegavelmente, os reservatórios de água tomaram conta das indústrias e do cotidiano do consumidor. Fala-se com efeito que os reservatórios metálicos de aço inox são utilizados de modo extenso no mundo inteiro. Isso é um reflexo de como os reservatórios metálicos garantem a qualidade de produtos que são vendidos no mundo todo.

Os reservatórios metálicos de água no Brasil garantem que a produção de bebidas como água mineral, vinho e cerveja, por exemplo, tenham boa qualidade ao longo de todo esse processo no nosso país.

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Água mineral, da mitologia para a atualidade

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De acordo com a mitologia grega, Poseidon, o senhor dos mares, em determinado dia, em um ataque de fúria, resolveu castigar o povo grego, secando todas as fontes de água que serviam às cidades gregas.

No entanto, encantado e apaixonado com a beleza de uma jovem que foi lhe pedir ajuda, tocou com seu tridente sobre uma rocha, fazendo brotar instantaneamente uma tripla fonte de água cristalina.

A água que brotou dessas três fontes era uma água mineral, repleta de substâncias que só trouxe benefícios para a população da cidade onde a jovem vivia.

A lenda grega nos mostra a importância da água mineral desde tempos remotos, oferecendo saúde para toda a população. A água mineral sempre foi preferida por todas as civilizações, desde a Grécia Antiga, principalmente por todos os benefícios oferecidos.

No Brasil, sempre houve muitos cuidados com a qualidade da água mineral, que é considerada como uma das melhores do mundo. Um dos cuidados foi a promulgação do Código Brasileiro de Águas Minerais, em 1945, estabelecendo que águas minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou artificialmente captadas, que possuem composição físico-químicas definidas e constantes, com propriedades distintas da água comum, com características que lhe confiram ação medicamentosa.

Como ocorre em outros países do mundo, no Brasil existe uma tendência no crescimento de consumo da água mineral. O aumento vem sendo constante, em média com 10% ao ano, embora, no total, o consumo seja mais baixo do que em países mais desenvolvidos.

Como é formada a água mineral

No momento em que a água mineral é captada na fonte, ela já passou por uma grande transformação no subsolo. A água mineral é transformada depois que as águas da chuva penetram no solo, atravessando diversas camadas minerais até chegar a uma camada impermeável, de onde podem passar para as fontes.

Sob o solo, a água da chuva passa por diversas camadas de rochas repletas de substâncias minerais, como sulfato de cálcio e carbonato, que se misturam à água, tornando-a mais rica em substâncias minerais e oferecendo propriedades medicinais as mais diversas.

Cada nascente de água mineral oferece um tipo de água com composições diferentes, dependendo das camadas por onde ela passou no subsolo. Assim, para que uma pessoa possa usufruir os benefícios medicinais da água mineral, deve saber o tipo de líquido que está consumindo.

Dessa forma, não existe uma água mineral igual a outra, mesmo que o consumidor sempre adquira a mesma marca. No caso de ser captada em fonte diferente, sua composição físico-química vai ser aquela da nascente de onde foi retirada.

A composição da água mineral é decorrente da própria natureza, que oferece um determinado conteúdo de sais minerais, processados ao longo de milhões de anos sob o solo, em razão dos diversos tipos de rochas por onde a água é filtrada. Ao mesmo tempo, ainda há a influência da radioatividade e a temperatura de cada fonte, que apresentam características próprias.

O consumo de água mineral é importante para a saúde, principalmente porque a água retirada de rios e represas sempre está comprometida em sua qualidade. Os rios estão se tornando poluídos e toda essa poluição precisa ser tratada a um alto custo, muitas vezes não se mostrando tão eficiente para garantir a qualidade da água que chega às nossas torneiras.

Todos os dias, qualquer ser humano precisa consumir, em média, 2,5 litros de água. O consumo é necessário em razão da perda de líquidos pelo organismo. A água mineral, portanto, por sua composição e por garantir a presença de sais minerais, é uma das melhores formas de recompor nosso organismo, mantendo nossa saúde sempre em dia.

A água mineral que compramos sempre é natural?

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De acordo com o Código de Águas Minerais, promulgado pelo Decreto-Lei n° 7.841/1945, a água mineral é considerada apenas aquela proveniente de fontes naturais ou artificialmente captadas, devendo ter uma composição química específica ou propriedades diferentes da água potável comum, apresentando uma ação medicamentosa para o organismo humano.

O código diferencia a água mineral da água de mesa, potável, que tem uma composição normal, sendo proveniente de fontes naturais ou também artificialmente captadas, desde que atendam as condições de potabilidade, ou seja, desde que possa ser bebida sem qualquer prejuízo da saúde.

Podemos ver, portanto, que a água mineral sempre apresenta qualquer ação medicamentosa, enquanto que a água de mesa é simplesmente água potável. A informação é importante para o consumidor, uma vez que ele pode tomar água comum imaginando se tratar de água mineral.

Os dois tipos de água discriminadas no código são encontrados em garrafas, podendo conter gás, sendo que sua diferença pode ser vista no rótulo, que informa se é uma água mineral ou apenas água potável, de mesa.

Os dois tipos de água são aproveitados comercialmente, provenientes de propriedades públicas ou particulares e sua extração e comercialização é feita através do Código de Águas Minerais, havendo a necessidade de uma autorização de pesquisa e concessão de lavra.

Com relação à água de mesa, seu aproveitamento é reservado ao proprietário do local onde está a fonte. No caso de água mineral, tanto para consumo quanto para fins balneários, pode ser feito por qualquer pessoa, sendo ela proprietária ou não do local onde está a fonte.

A água mineral nem sempre é natural

Nem sempre a água mineral é natural. Como já indica seu próprio nome, uma água mineral é uma solução de água com minerais nela dissolvidos. Ou seja, a água, sob a terra, passa por uma série de locais a diversas profundidades e, durante seu trajeto, vai dissolvendo minerais, o que vai gerar sua composição, diferente de uma fonte para outra.

A água possui a capacidade de dissolver minerais já que é polar, possuindo uma diferença de cargas permanentes, o que vai formar um dipolo elétrico que atrai os polos de outras substâncias.

Assim, por exemplo, quando a água encontra fluoreto de potássio no solo, por exemplo, seus átomos interagem com os ânions e o oxigênio com os cátions, provocando a separação dos íons e dissolvendo a substância.

Mesmo algumas substâncias que são consideradas apolares, como é o caso do iodo, podem se dissolver no trajeto da água mineral em razão do deslocamento de cargas de suas moléculas.

Os principais minerais encontrados nas águas são o magnésio, potássio, cobre, sódio, antimônio, bário, cádmio, arsênio, cálcio, manganês, chumbo, níquel, mercúrio, cianeto, cromo, fosfato, borato, sulfatos, bicarbonatos, sulfetos, clores, nitratos e ferro. Além disso, a água mineral pode conter gás carbônico e outros gases.

Quando a água mineral é retirada diretamente da fonte, ela é considerada uma água natural. No entanto, podemos encontrar águas mineralizadas, que passam por um processo em que são dissolvidos sais minerais na água comum, deixando-a com uma composição semelhante à água mineral.

Esse processo é permitido pela legislação, devendo o rótulo apresentar a diferença. Além disso, ao comprar água mineral, é necessário analisar sua composição química, identificando o tipo de água mais saudável para consumo.

Os cuidados ao comprar água mineral

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Ao comprar água mineral precisamos ter alguns cuidados. Mesmo sabendo que a água mineral é um produto essencial, a falta de atenção durante a compra pode provocar sérios problemas à saúde do consumidor.

Veja a seguir os principais cuidados ao escolher a água mais adequada para consumo:

1.    Preste atenção no local onde a água está armazenada

A revendedora de água mineral deve armazenar o produto em local próprio, evitando exposição direta à luz do sol ou locais demasiadamente aquecidos. A água armazenada dessa forma torna-se imprópria para consumo humano.

O calor na área de armazenamento pode causar o desenvolvimento de microrganismos e de algas que, por sua vez, podem produzir toxinas que serão responsáveis por determinadas doenças, como a gastroenterite, por exemplo.

2.    Atenção nas embalagens da água mineral

Algumas empresas fazem uso do BPA, ou Bisfenol, para a produção das embalagens plásticas. Esse tipo de produto pode agir no organismo como disruptor do sistema endócrino, mimetizando hormônios naturais e podendo aumentar ou reduzir a sua ação podendo causar infertilidade ou desenvolvimento de determinados tipos de câncer.

3.    Prazo de validade

A água mineral, depois de envazada, possui um prazo de validade, que deve ser observado pelo consumidor na hora da compra. O prazo de validade está diretamente relacionado com os ingredientes naturais da água e com a qualidade das embalagens.

Através da embalagem pode ocorrer a troca de substâncias com a água, podendo causar alterações em sua qualidade e, portanto, o prazo de validade é maior quando o material tem a capacidade de isolar o produto do ambiente externo.

Assim, por exemplo, embalagens de PET oferecem validade de até 36 meses, como acontece com os galões retornáveis de 10 e 20 litros.

Da mesma forma, o consumidor deve prestar atenção aos produtos próximos ao local onde estiver a água mineral, evitando adquirir água que estejam exalando odores mais fortes.

4.    Licenciamento pela Anvisa

A Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária é o órgão responsável pelo licenciamento das distribuidoras de água mineral. É a Anvisa que determina os procedimentos para armazenamento, transporte e distribuição de água mineral, garantindo o seu padrão de qualidade.

É importante, para o consumidor, verificar se a distribuidora possui o selo da Anvisa, tendo a licença para comercializar a água mineral.

5.    Comprar água mineral em locais próprios

O consumidor deve evitar comprar água mineral em locais impróprios, como de ambulantes ou em quiosques onde não tenha condições de saber sobre a qualidade do armazenamento ou se a água passou pela análise e inspeção da Anvisa.

Na hora da compra também é importante verificar se houve ou não violação do lacre e se a embalagens possui todas as informações sobre a composição, origem e sobre a empresa responsável pelo envasamento, além, evidentemente, do prazo de validade.

6.    Higiene das embalagens

Para evitar a proliferação de microrganismos e desenvolvimento de algas, a higiene das embalagens é fundamental. O armazenamento em local adequado ajuda a manter a qualidade da água mineral.

Na hora da compra deve-se recusar galões sujos ou que não estejam devidamente armazenados e, no caso de garrafas menores, é importante que sejam descartadas em locais próprios, evitando contaminar o meio ambiente.

7.    Conhecer mais a empresa distribuidora

A internet pode informar sobre a empresa distribuidora de água mineral. No caso de qualquer dúvida, o consumidor deve pesquisar sobre a empresa, analisar seus processos de envasamento e distribuição e saber mais sobre a qualidade do produto que está consumindo.

Tomando esses cuidados, o consumidor terá a certeza de que está consumindo uma água mineral que só irá trazer benefícios para sua saúde.

Escolher bem a água mineral traz benefícios à saúde

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Para o consumidor final há a necessidade de escolher bem a água mineral consumida, uma vez que nem todo tipo de água pode fazer bem para determinadas pessoas, principalmente quando ela ingere minerais presentes na água que causam danos em decorrência de seu próprio estado físico.

A água mineral é um produto divulgado como essencial para manter a boa saúde dos consumidores, mas tudo vai depender dos componentes provenientes de sua fonte, uma vez que cada fonte oferece um tipo de água diferenciado, de acordo com os minerais pelos quais ela passa antes de ser envasada.

A composição química da água está contida nos rótulos de cada marca e de cada fonte de onde a água é retirada, informando ao consumidor se ele pode oferecer benefícios à sua saúde ou se pode causar qualquer tipo de dano, como o agravamento de uma doença.

Assim, a principal recomendação ao comprar água mineral é analisar o seu rótulo, verificando os componentes que fazem parte do produto e fazendo a opção pelo mais indicado para cada consumidor.

A água mineral é um produto que apresenta propriedades medicamentosas, em razão do contato da água pura, filtrada pela terra, em contato com as rochas e sedimentos, além de algas e outros elementos naturais.

Dessa maneira, uma água que contenha maior teor de ferro, por exemplo, é o tipo de produto indicado para uma pessoa que tenha anemia. O consumo de água mineral com maior quantidade desse elemento, portanto, contribui para a melhoria do seu quadro geral de saúde.

Para pessoas portadoras de cálculos renais, a água mineral radioativa ajuda na eliminação dos cálculos, enquanto que as águas magnesianas (com magnésio) mantém o intestino funcionando regularmente. Água contendo vanádio apresenta propriedades antioxidantes, promovendo melhor síntese do colesterol e ajudando os diabéticos a manter o controle sobre os níveis de açúcar no sangue.

As variedades de água mineral comercializadas, portanto, devem ser analisadas de acordo com as informações nutricionais apresentadas nos rótulos, verificando-se sua composição química e adquirindo a que possa melhor ajudar na recuperação da saúde.

Muitas pessoas não observam essas diferentes, considerando que estão consumindo uma água rica em minerais, sem saber a sua composição e ignorando o fato de que, ao contrário do que imagina, a água pode piorar sua saúde.

Atenção ao PH da água mineral

Um dos itens que merece atenção quando da compra de água mineral é o nível de PH, ou potencial de hidrogênio, que é apresentado em uma escala de 0 a 14. Uma água com PH inferior a 7 é considerada ácida, enquanto que, acima de 8, é considerada alcalina.

Os médicos e nutricionistas recomendam o consumo da água alcalina, uma vez que é um tipo de líquido que neutraliza os ácidos estomacais, eliminando também a maior parte da gordura ingerida na alimentação.

Para pessoas que apresentam problemas como gastrite ou úlcera no estômago ou no duodeno, é o produto ideal, oferecendo benefícios e melhorando sua condição de saúde, quando ingerida diariamente.

O consumidor deve dar atenção ainda a outras informações do rótulo, como, por exemplo, o nome da fonte, a natureza da água, a empresa concessionária responsável e a classificação da água mineral, além, evidentemente, da data de envasamento e do prazo de validade, aproveitando melhor as qualidades da água consumida.

A água mineral, de acordo com informações da Abinam – Associação Brasileira da Indústria de Água Mineral, é a bebida que apresenta maior crescimento de consumo em nosso país. Pelo menos 40% da população faz uso de água mineral. Contudo, é necessário ter atenção com relação à água consumida, uma vez que determinados componentes podem fazer com que o produto seja prejudicial à saúde, principalmente quando consumido em excesso. Assim, por exemplo, o nitrato, que é uma substância que pode causar câncer, quando ingerido em excesso.

Analisando criteriosamente o rótulo, o consumidor terá maior garantia de que vai consumir uma água mineral que só vai oferecer benefícios.

Água mineral: da fonte para o consumo

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Quando compramos uma garrafa de água mineral em um bar ou supermercado, podemos ver que toda e qualquer embalagem parece igual a outra. Além do tamanho da garrafa, podemos pensar que somente o rótulo pode diferenciar uma marca de outra, ou que apenas a cor diferencia uma água com gás da água sem gás.

No entanto, se prestarmos mais atenção, poderemos ver que a garrafa de água mineral é proveniente de uma fonte, diferente de outra marca, ou seja, cada marca de água mineral é extraída de uma fonte específica, mesmo que tenhamos, em uma mesma marca, água com gás ou sem gás, ou ainda águas sem gás de fontes diferentes.

A água mineral consumida no Brasil é coletada em fontes dos mais diferentes lugares e estão sempre identificadas nos próprios rótulos. Cada fonte oferece um tipo de água diferente, contendo minerais em quantidades específicas e podendo, ainda ser naturalmente gaseificada ou ter o gás adicionado artificialmente, ou seja, durante o processo de envase o gás carbônico é adicionado.

Uma das principais dúvidas do consumidor é sobre a quantidade de minerais apresentada nos rótulos das garrafas, já que cada tipo de água mineral pode atender uma necessidade de saúde.

Cada fonte oferece um tipo de água mineral diferente

Com a diferença da quantidade de substâncias presentes na composição da água mineral, cada fonte oferece uma água que não é encontrada em nenhum outro local.

A quantidade de minerais varia de acordo com uma série de características, sejam ambientais, como o solo e a profundidade do local freático de onde a água é coletada, sejam de engarrafamento, podendo ter ou não o gás carbônico acrescentado.

No entanto, embora a presença de minerais seja diferente em cada fonte, com composições químicas as mais diversas, o sabor oferecido pela água mineral é praticamente o mesmo, independentemente da marca.

Só sabemos que uma água é diferente da outra através do rótulo, que descreve a composição química detalhada, uma composição que não afeta a qualidade, mesmo que algumas pessoas com paladar mais apurado possam perceber pequenas diferenças no sabor, já que nenhum mineral presente possui quantidade significativa.

Assim, por exemplo, um determinado tipo de água pode conter maior quantidade de sódio do que outro, embora a quantidade deva sempre obedecer os valores de referência, ou seja, a quantidade determinada pela OMS – Organização Mundial da Saúde para consumo diário.

Essa é uma das principais características que devem ser observadas no rótulo, quando compramos água mineral, principalmente quando sabemos que os brasileiros consomem muito mais sódio do que o recomendado pela OMS.

As variações de PH e de sódio são naturais da própria fonte de água mineral e, além de haver a necessidade de respeitar os padrões determinados pela legislação, não podem ultrapassar, no caso de sódio, o máximo de 2,5% do consumo normal desse mineral.

Para o consumidor é importante saber que, no caso de sódio e PH, essas características devem ser naturais da fonte de onde a água foi extraída, não sendo permitido à engarrafadora retirar ou alterar qualquer quantidade, obedecendo às condições ambientais da água diretamente retirada da fonte.

Essas características relacionadas no rótulo são provenientes de um laudo do Laboratório de Análise Minerais (LAMIN), sendo analisadas e vistoriadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

O lado deve ser renovado a cada 3 anos, podendo haver mudanças em suas características, situação que acontece em decorrência das alterações na própria fonte.

Assim, quando compramos água mineral, temos a certeza de que ela está chegando para consumo do mesmo jeito que é retirada da fonte, obedecendo as regras determinadas pelo DNPM.

Se escolhemos água mineral com gás, esse gás é adicionado artificialmente utilizando gás carbônico. A quantidade de gás carbônico deve ser informada ao DNPM, que, por sua vez, autoriza a elaboração do rótulo.

No caso dos minerais, a legislação estabelece que a sua quantidade deve ser especificada por litro e, em razão disso, qualquer rótulo de água mineral retirado de uma mesma fonte deve conter as mesmas informações, independentemente do tamanho da garrafa que adquirimos.

O que analisar no rótulo da água mineral?

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Quando compramos água mineral não devemos prestar atenção apenas na marca. É essencial ler o rótulo e saber que tipo de água estamos adquirindo, uma vez que não estamos apenas comprando água, mas sim um produto com diversos elementos, como sais minerais, carbonatos, cálcio, sulfatos, sódio e magnésio, entre outros.

A composição da água mineral vai depender da fonte de onde ela é extraída, não havendo, basicamente, um tipo de água igual a outra. Mesmo uma marca idêntica pode apresentar diferentes características, dependendo da localização de sua fonte.

A diferença do gosto da água mineral é decorrente dos minerais nela encontrados. Assim, por exemplo, uma água com maior quantidade de cálcio e magnésio é considerada mais “dura”, tendo um sabor não muito agradável ao paladar.

As principais características que devemos observar na compra de água mineral são a composição de PH e de sódio, o que vai determinar se a água é ácida ou alcalina, o que vai interferir no seu sabor.

No entanto, é preciso alertar para o fato de que os sais minerais presentes na água são de nível muito baixo, não devendo ser levado em conta quando falamos em valor nutricional, já que a alimentação mais rica em verduras e frutas fornece ao nosso organismo todos os minerais necessários.

A água mineral complementa o que absorvemos na alimentação e, assim, deve ser considerada como um elemento importante, embora não essencial.

Principais características da água mineral

Entre as principais características que devemos observar no rótulo da água mineral, devemos dar especial atenção às seguintes:

1.    Quantidade de sódio

Algumas águas minerais contêm maior quantidade de sódio. Embora a quantidade não seja das mais elevadas, quando somada ao sódio que normalmente ingerimos com os alimentos, o impacto no final do dia será maior.

Um dos grandes problemas na alimentação entre os brasileiros é o alto consumo de sódio e, para evitar futuros problemas de saúde, o recomendado é consumir água mineral com baixo teor desse mineral, que deve estar abaixo de 30 mg/l.

Escolher uma água mineral com baixo teor de sódio é importante para pessoas com problemas renais, para hipertensos ou portadores de doenças cardiovasculares. É certo que a maior fonte de sódio na alimentação é proveniente de determinados alimentos, principalmente os processados e embutidos, mas a água mineral deve ser escolhida segundo a quantidade de sódio que contém.

De acordo com a Anvisa, quando a água mineral apresenta mais de 200 mg/l, é necessário que isso esteja bem visível no rótulo, já que essa é a maior quantidade para que a água seja considerada normal.

2.    Índice de PH

O PH indica a acidez da água mineral. O PH pode variar de 0 a 14, sendo o nível 7 considerado neutro, índice ideal para a água. Para termos uma ideia, qualquer refrigerante apresenta PH próximo de 2,5, o que é considerado bastante ácido, enquanto que o leite possui PH entre 6,5 e 6,8.

O PH mais baixo, ou seja, mais ácido, pode provocar irritação na mucosa gástrica, apresentando sintomas de azia e dor de estômago. A alegação comum de que a água com PH básico pode ajudar a manter o PH do sangue, evitando determinadas doenças e ajudando a perder peso, a realidade é que o próprio organismo regula seu nível no sangue e a água mineral não pode alterar substancialmente esse índice.

3.    Água com gás

A água mineral pode ser encontrada com dois tipos de gás: gaseificada natural ou artificialmente. Nesse segundo caso, é inserido gás carbônico na água sob pressão.

É bom saber que o PH da água com gás é mais ácido, ficando entre 5 e 6, deixando a água mais protegida contra a proliferação de bactérias em decorrência da ação do gás. No entanto, para problemas que possuem problemas gástricos, esse tipo de água oferece o mesmo efeito da água ácida comum, podendo irritar a mucosa.

4.    Prazo de validade

O prazo de validade é um dos cuidados mais essenciais na escolha da água mineral. De uma forma geral, a água tem um prazo de validade de um ano após o engarrafamento e essa data deve estar indicada na embalagem.

Além desses itens, o consumidor deve observar os minerais contidos na água mineral que está adquirindo, observando seus efeitos no organismo para manter sua saúde em dia.

Cuidados no armazenamento de água mineral

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Depois de captada na fonte e envazada, a água mineral não passa por qualquer processo de tratamento, sendo apresentada da mesma forma como foi captada, situação que vai exigir alguns cuidados específicos para seu armazenamento.

Dependendo das condições de armazenamento, a água poderá ter alterações em suas características.

O armazenamento adequado da água mineral deve ser observado desde o seu transporte, que deve seguir as resoluções da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, observando-se as recomendações em todas as etapas, inclusive na distribuição e nos usuários finais, residências e empresas.

Como armazenar corretamente a água mineral

Nos pontos de venda e nos estabelecimentos que fornecem água mineral aos consumidores, algumas especificações devem ser respeitadas:

  • O local de armazenamento deve ser sob teto livre de goteiras ou de vazamentos, evitando, assim, o desenvolvimento de bolor ou de umidade;
  • No local de armazenagem não pode haver incidência direta de luz solar, de claridade excessiva ou calor e umidade, já que essas condições podem permitir o desenvolvimento de algas, que estão naturalmente presentes na água mineral;
  • A temperatura do local de armazenamento deve estar abaixo de 25°C, preferencialmente em ambiente fechado;
  • A água mineral não pode ser armazenada juntamente ou próxima a produtos químicos que exalem odores fortes;
  • O ambiente do local de armazenamento deve ser higienizado sem o uso de produtos de limpeza com cheiros fortes;
  • Devem ser respeitados os prazos de validade tanto do produto quanto dos recipientes, quando se trata de galões de 10 ou 20 litros;
  • Os galões e garrafas de água mineral devem ser colocados sobre estrados limpos e secos, em bom estado de conservação e evitando contato direto com o piso. As embalagens devem estar a uma altura mínima de 45 centímetros do piso e das paredes e pelo menos 60 centímetros abaixo do teto;
  • Havendo ralos no local de armazenamento, eles devem ser sifonados e tampados, e nunca ralos comuns, que permitam a entrada de insetos;
  • O comerciante deve disponibilizar para venda em primeiro lugar os produtos que chegaram primeiro, observando a rotatividade da mercadoria.

Nas residências e empresas, antes do consumo final, os consumidores devem ser orientados com relação às seguintes especificações:

  • Os galões e garrafas de água mineral não devem ser expostos a locais com incidência direta de luz solar ou calor, para que não haja desenvolvimento de algas presentes na embalagem;
  • Deve-se evitar colocar as embalagens diretamente no piso ou muito próximas a paredes;
  • As embalagens de água mineral devem ficar longe do fogão, da passagem de animais e de ambientes com muita umidade;
  • Depois de abertos, os galões de água mineral devem ser consumidos em um período de 15 dias preferencialmente;
  • Os galões de 10 e 20 litros não devem ser utilizados para outras finalidades, uma vez que são embalagens retornáveis;
  • A proximidade com produtos químicos, com gás de cozinha, com combustíveis ou produtos com odores fortes deve ser evitada para não alterar as características da água mineral.

Outras recomendações para armazenamento da água mineral

Além desses cuidados, tanto o comerciante de água mineral quanto o consumidor, devem ter atenção com alguns outros cuidados:

  • Próximo às áreas de armazenagem da água mineral não é permitido fumar;
  • A água em garrafa ou em galão não deve ficar em carros fechados sob o sol;
  • Para evitar a entrada de luz, nas residências e empresas, os galões devem ser protegidos com capas protetoras;
  • Antes de colocar o galão no bebedouro é preciso retirar completamente o lacre e a tampa, guardando esta até o final do consumo.

Mesmo fechados e lacrados os galões de água mineral podem permitir o desenvolvimento de algas, que se transformam em um limo fino. Essas algas são organismos vegetais, presentes de forma natural na água que, mesmo sendo microscópicas, sob a luz solar conseguem se reproduzir.

Quando a água está sob luz solar, o processo de fotossíntese se inicia e, com ele, as algas começam a produzir clorofila, que é a responsável pela tonalidade verde das algas. O desenvolvimento pode ser lento ou rápido, dependendo do tempo de exposição à luz solar e ao calor.

Embora essas algas não sejam patogênicas, ou seja, não provocam qualquer problema de saúde, seu desenvolvimento vai alterar as características da água mineral, principalmente sua cor, brilho, odor e sabor.

A legalização da água mineral no Brasil

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A água mineral no Brasil foi alvo de legislação federal em 1945, através da necessidade de padronização do aproveitamento das fontes, tanto em balneários como para comercialização através de engarrafamento.

Na época, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei 7.7841, que ficou conhecido com o Código de Águas Minerais.

Em seu primeiro artigo, o Código define que a água mineral é aquela proveniente de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas, que apresentem composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, ou seja, que apresentem características que ofereçam ação medicamentosa.

No artigo terceiro, o Código estabelece que as águas minerais potáveis de mesa são aquelas de composição normal, provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas, que preencham apenas as condições de potabilidade para a região.

Como é considerada uma água mineral

De acordo com o Código de Águas Minerais, uma água só pode ser considerada nessa condição quando, em sua composição química, estiver predominante a presença de um determinado elemento ou substância que possuir comprovada ação medicamentosa.

Na fonte, a água mineral é considerada dessa forma quando houver vazão gasosa de radônio igual ou maior que 5 maches, quando houver vasão gasosa de torônio igual a 2 unidades maches, quando houver desprendimento definido de gás sulfídrico e quando a temperatura for igual ou superior a 25 °C.

Dessa maneira, é preciso considerar dois tipos de classificação:

  • Uma da própria água, mesmo distante da fonte, que deve ter composição química e características medicamentosas;
  • A segunda, que é dada pelas propriedades da água na fonte, ou seja, pelas suas características que, normalmente, não são mantidas até o consumidor final, como, por exemplo, a presença de gases e a temperatura.

Para a comercialização de água engarrafada, o Código de Águas Minerais permite que qualquer água subterrânea considerada potável e protegida da influência das águas da superfície, possa ser vendida, desde que obedecidos os critérios estabelecidos pela legislação.

O órgão responsável pela autorização e fiscalização da indústria de exploração da água mineral é o Departamento Nacional da Produção Mineral que, mesmo tendo perdido uma parte de sua competência para o Ministério da Saúde, ainda tem grande atuação em praticamente todo o setor de água mineral, cabendo à Saúde a fiscalização da comercialização e a definição de padrões de potabilidade.

Dessa forma, ainda nos dias atuais, as indústrias engarrafadoras e os balneários dependem da autorização do Departamento para terem suas atividades legalizadas.

O decreto conhecido como Código das Águas Minerais, ainda em vigor, estabelece em seus 50 capítulos, as formas como se pode aproveitar as águas minerais e potáveis de mesa.

O aproveitamento comercial das fontes de água mineral ou água de mesa, seja em propriedades públicas ou particulares, é praticado através do regime de autorização de pesquisa e concessão de lavra, que está previsto no Código de Mineração, observando-se, no entanto, todas as disposições do Código de Águas Minerais.

O aproveitamento comercial de águas de mesa é reservado apenas aos proprietários da localização da fonte, embora o de água mineral, seja para consumo humano ou para fins balneários, pode ser feito por qualquer pessoa, sendo ou não proprietário do imóvel onde está localizada a fonte.

Depois de atendidas todas as exigências legais de pesquisa e análise da água, o interessado na comercialização de uma fonte de água mineral ou de mesa deve fazer a solicitação da autorização para sua exploração, não podendo, a partir daí, realizar qualquer sondagem ou trabalho subterrâneo no perímetro de proteção da fonte sem autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral.

Água mineral e o prazo de validade na embalagem

água mineral

A água mineral, quando na natureza, não tem qualquer prazo de validade. Enquanto está sob a terra, nos aquíferos, mesmo que se passem centenas ou milhares de anos, ela estará protegida de qualquer contaminação.

O problema da validade começa a partir do momento em que a água mineral é engarrafada. A água, como qualquer alimento, é bastante suscetível a contaminações. Assim, se estiver em uma garrafa mal fechada, ela poderá entrar em contato com bactérias presentes no ambiente.

Da mesma forma, embora seja mais raro, caso haja microrganismos nocivos no ambiente, a água mineral pode provocar problemas de saúde, como diarreia, por exemplo.

Podem ainda ocorrer outros problemas, mesmo se a garrafa ou o galão de água mineral estiverem fechados, como ocorre com a temperatura. Uma temperatura ambiente acima de 35°C aumenta a possibilidade de multiplicação das bactérias naturais presentes na água, podendo alterar o seu cheio e sabor.

Para reduzir qualquer possibilidade de contaminação da água mineral, as engarrafadoras seguem as determinações da lei, estabelecendo um prazo de validade que, de acordo com a embalagem, é variável. Assim, por exemplo, uma garrafa de água mineral de vidro possui validade mais prolongada do que uma garrafa de plástico, já que o vidro consegue isolar o líquido por muito mais tempo do contato com o ambiente.

Veja os prazos de validade das embalagens de água mineral:

  • Água mineral sem gás em vidro: 24 meses;
  • Água mineral sem gás em garrafa PET: 12 meses;
  • Água mineral sem gás em polipropileno: 6 meses;
  • Água mineral com gás em vidro: 12 meses;
  • Água mineral com gás em garrafa PET: 6 meses.

De uma maneira geral, as garrafas PET, produzidas a partir de tereftalato de polietileno, são bastante seguras, porém podem alterar o gosto da água mineral se tiverem contato com fumaça de gasolina, produtos químicos ou pesticidas. Se estiver armazenada em garrafa de vidro, no entanto, o isolamento é maior, aumentando o seu prazo de validade.

Da mesma forma, é preciso ter cuidado com a temperatura. Se uma pessoa deixa uma garrafa de água mineral no interior de um veículo, durante o dia, por mais de 8 horas, os próprios componentes da água geram alteração no sabor.

Água mineral engarrafada: validade de 6 meses a 2 anos

Segundo a ABINAM – Associação Brasileira de Indústrias de Água Mineral e a ANVISA –Agência Nacional de Vigilância Sanitária, quando a água mineral se encontra engarrafada alguns componentes presentes em sua fórmula começam a agir e, em razão disso, essas entidades determinaram um prazo de validade de acordo com o material em que foi engarrafada.

Depois de aberta, uma garrafa de água mineral deve ser consumida em, no máximo, duas semanas, desde que a água esteja na geladeira.

Da mesma forma como a água engarrafada em materiais plásticos ou de vidro, também os galões possuem prazo de validade, mas, nesse caso, o prazo é determinado de outra forma.

Quando se trata de galões plásticos retornáveis de 10 e de 20 litros, é necessário prestar atenção no prazo de validade do próprio vasilhame. O DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral determinada, em duas portarias (de 2008 e 2009), que o prazo de validade dos galões é de 3 anos.

Segundo a DNPM, o prazo de 3 anos foi estabelecido uma vez que, depois desse tempo, os galões começam a se desgastar em razão do transporte, do calor e da lavagem para serem reaproveitados. Um galão é reutilizado, em média, 150 vezes em 3 anos, e isso pode comprometer a higiene do material.

O consumidor, portanto, deve prestar atenção ao prazo de validade da água mineral, uma vez que a legislação brasileira é bastante rigorosa com a qualidade do produto engarrafado. A fiscalização é feita desde a captação na fonte ou no aquífero até a chegada ao consumidor final, mas não é tão eficaz no caso de garrafas nas prateleiras dos supermercados ou nos armazéns das empresas que comercializam o produto.